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Noites maldormidas

Jornal O Estado Maranhão            Dirijo-me ao prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Filho. Faço-o, às vésperas do início de seu segundo mandato consecutivo como prefeito de São Luís, a fim de apelar por seu empenho – em cooperação com o governo do Estado e o Ministério Público do Maranhão –, na resolução definitiva de grave problema, que afeta o dia a dia de milhares dos habitantes de nossa cidade, mas não exige do poder público, para sua resolução, novos investimentos, pois demandará apenas a utilização de pessoal e equipamentos já existentes no Executivo.           Senhor prefeito, falo da poluição sonora, cujas fontes são bares, casas de shows, clubes e estabelecimentos assemelhados assim como veículos automotores. Não preciso deter-me, a fim de enfatizar a gravidade do transtorno, em detalhes dos prejuízos à saúde das pessoas, causados pela emissão de ruídos emitidos acima de dete...

PT, PCDOB, PSOL, etc.

Jornal O Estado do Maranhão           Treze anos de governos petistas quebraram tanto a economia brasileira quanto as finanças públicas. No final dessa desastrada temporada, marcada pela expulsão, pelo Congresso Nacional, de Dilma Roussef da Presidência da República, a inflação chegou a mais de 10% ao ano, mais do dobro do centro da meta inflacionária, o desemprego elevou-se a níveis raramente vistos em qualquer economia, produzindo batalhões de desempregados – mais de 12 milhões – e, a fim de completar a obra de destruição sistemática do país, a administração do PT levou a dívida pública a taxas exponenciais de crescimento, insustentáveis mesmo no curto prazo.           Na ausência de medidas corretivas, tal situação elevaria rapidamente a relação dívida/PIB a um valor de 1 ou mais. Significa dizer, em breve o valor da dívida seria maior do que o próprio valor do PIB, sendo impossível às rec...

Medida preventiva

Jornal O Estado do Maranhão            A boa lei, no sentido de efetividade de seus resultados, penso eu, não é a comumente vista como dura. A boa lei é aquela de fato aplicada em sua integralidade. No campo penal, não adiantaria ter leis que previssem condenação a pena de 60 anos ou mais, se, no final, o apenado dela cumprisse, tão somente, pequena parte. Melhor seria o estabelecimento de período mais curto, a ser cumprido inteiramente. A população carcerária não cresceria, necessariamente, porque a certeza do cumprimento poderia dissuadir potenciais delinquentes de cometimento de novos crimes, com a vantagem, ainda, de tal situação facilitar o planejamento de um programa de investimentos no horroroso sistema carcerário brasileiro, que pudesse melhorar as condições de encarceramento de seus, vamos dizer, usuários.           Mas não é da área criminal que desejo falar. É da eleitoral. Por...

Juros de mora

Jornal  O Estado do Maranhão           Guido Mantega foi a pessoa que durante mais tempo exerceu o cargo de ministro da Fazenda no Brasil: oito anos, de 2006, no governo Lula, até 2014, quase ao final do desastre econômico petista engendrado pela ex-presidente Dilma Roussef e seu partido. Ele foi considerado pela revista “Época”, na época, um dos 100 brasileiros mais influentes de 2009.           Pois o ex-ministro influente e tão longevo no ministério foi, primeiro, conduzido, há meses, coercitivamente, pela Polícia Federal, à sede do órgão, em São Paulo, no âmbito da Operação Zelotes, para depor em inquérito que investiga reduções ou cancelamentos ilegais de multas a várias empresas suspeitas de terem comprado decisões do  Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – Carf, do Ministério da Fazenda, e delas se beneficiado ; agora, na quinta-feira passada, ele foi alvo da famosa O...

Violência brasileira

Jornal  O Estado do Maranhão           O Brasil, antes considerado pacífico, é visto hoje como violento, tendo cidades com estatísticas de homicídio bastante elevadas relativamente às de outros países, segundo a ONG Seguridad, Justicia e Paz, do México. Em São Luís, por exemplo, a taxa é de 53 homicídios por 100.000 habitantes. Nossa capital fica em 21º lugar, no mundo todo, nessa triste classificação. Em comparação, em Tijuana, no México, mundialmente famosa pela violência, a mesma taxa é de 39/100.000. No outro extremo, São Paulo – mais de 10 vezes maior do que São Luís, sendo a capital de Estado menos violenta do nosso país, apesar de informações distorcidas dada sobre ela pelos grandes órgãos de imprensa de lá (eles não citam estatísticas comparativas) –, tem uma taxa de homicídio de menos de 10/100.000.           Qual a causa de a violência ter crescido tanto no Brasil? O discurso po...

Jomar Moraes

Jornal O Estado do Maranhão           Será imensa a falta que a morte de Jomar Moraes fará ao Maranhão, por sua também imensa contribuição à cultura maranhense. Autodidata em quase tudo, exceto em Direito, área em que fez seu único curso formal, na Universidade Federal do Maranhão, ao longo de uma vida inteira de estudos, ele adquiriu, no passar dos anos, vastos conhecimentos em História, em especial do Maranhão. Isso lhe permitiu fazer a terceira e monumental edição do Dicionário histórico-geográfico da Província do Maranhão , de César Augusto Marques, de referência obrigatória nos estudos históricos sobre nosso estado, contando com equipe de um só membro, ele mesmo.           A obra tem 1028 páginas, em tamanho grande, 21 cm x 30 cm., em corpo 9. Para se ter ideia do esforço exigido para sua realização, atente-se para isto: Jomar elaborou 1508 notas que corrigem, esclarecem, atualizam e incorporam novos verbetes, como os relativos a ...

Sofá Olímpico

Jornal O Estado do Maranhão.           A abertura da Olimpíada do Rio foi muito bonita e criativa. Modernas tecnologias foram usadas sem exagero na apresentação e houve emoção na dose certa, apesar de alguns clichês e certa tendência a desnecessária folclorização cultural. Mas os equívocos não chegaram a prejudicar o todo. Nesse aspecto, o país está de parabéns; não, porém, nos exageros da imprensa acerca de falhas iniciais na organização. Elas ocorrem em todo lugar, em todos os eventos desse porte. O aspecto negativo que explica grande parte dos problemas da Olimpíada está no período de realização das obras.           Algumas delas atrasaram e foram inauguradas quase no dia da abertura. Ora, atrasos não são obras do acaso. Resultam de bem urdidas manobras visando ao aumento de preços. É essa a maneira das peças dessa trama se encaixarem com naturalidades, se aceitas as premissas das alegadas necessidades de aumento, e todos os at...