João Paulo
Jornal O Estado do Maranhão Tem o Vaticano divisões de guerra? Tem soldados (além dos da simbólica guarda suíça), mísseis, aviões, porta-aviões? Tem o poder material de invadir países, derrubando seus chefes e estabelecendo regimes favoráveis a seus interesses? Recebe o seu líder, o papa João Paulo II, morto recentemente, homenagens de nações interessadas apenas em agradar essa “potência” de menos de meio quilômetro quadrado, por temor de represálias econômicas ou militares? As respostas a essas perguntas são todas negativas. Então, de onde vem essa força tão grande, capaz de juntar na mesma reverência àquele homem Fidel Castro e George Bush, o rei da guerra, e de levar o presidente cubano a uma solenidade religiosa em memória de João Paulo, na catedral de Havana, depois de 46 anos sem entrar num templo religioso? Não é extraordinário também que a memória do papa tenha sido capaz de atrair ao funeral mais de 200 chefes de Estado e de governo, número superior ao dos membros da ONU