Postagens

Mostrando postagens de julho, 2008

Desenvolvimento sustentável II

Jornal O Estado do Maranhão O período inicial da formação de uma nova visão sobre desenvolvimento sustentável viu crescer a insatisfação com o fracasso das tentativas de desenvolvimento industrial acelerado das regiões mais pobres e com a ameaça de exaustão dos recursos naturais. A conseqüência foi a rejeição das visões da época sobre desenvolvimento pela opinião pública e especialistas no seu estudo nos países industrializados e, em menor proporção, nos outros. Muitos passaram a argumentar que, a fim de se alcançar o equilíbrio entre economia e ecologia, seria necessário deter o crescimento da população e do capital industrial ou diminuir sua taxa de crescimento. Os países do Terceiro Mundo recusaram-se a aceitar esse ponto de vista, porque achavam essa uma forma disfarçada de impedir seu próprio crescimento, e afirmavam que o aumento populacional em seus países não era a causa da destruição dos recursos naturais, promovida, ao contrário, pelos países ricos em seu afã de cresci

Desenvolvimento sustentável

Jornal O Estado do Maranhão O conceito de desenvolvimento sustentável se firmou como resultado de um processo que se acelerou na década de 60 e que, até então, contava, entre os seus marcos mais importantes, com um estudo, Limites do crescimento, patrocinado pelo Clube de Roma, e com a realização da Conferência de Estocolmo, ambos de 1972. Tanto o estudo quanto a Conferência chamaram a atenção para a ameaça, derivada da degradação ambiental, ao sistema de sustentação de vida em nosso planeta e à capacidade das gerações futuras de poder contar com a base de recursos naturais para suas próprias necessidades. A Declaração de Cocoyok, de 1974, e o Relatório da Fundação Dag- Hammarskjõld, de 1975, feito com a participação de 48 países, do UNEP – Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas e de 13 órgãos das Nações Unidas, apontaram as relações entre concentração de poder e degradação ambiental. As idéias contidas nesses documentos foram sistematicamente rejeitados pelos governos dos p

Sousândrade na Academia

Jornal O Estado do Maranhão A Academia Maranhense de Letras dará continuidade na próxima quinta-feira, dia 17, à série de palestras comemorativas do seu Centenário. Como nas outras que vem promovendo desde o início do ano, esta será em sua sede, na rua da Paz, às 20 horas. O palestrante será da própria Academia, não vem de fora como os anteriores, todos de excelente nível tanto em estudos históricos, como no caso de Andrea Daher, quanto em literatura, e especificamente em poesia, a exemplo de Marco Lucchesi, só para dar dois exemplos. O expositor será Sebastião Moreira Duarte, que na Academia Maranhense de Letras ocupa a Cadeira No 1, patroneada por Almeida Oliveira, fundada por Barbosa de Godois e ocupada antes por Luís Carvalho e Antenor Bogéa. O acadêmico é estudioso da obra de Sousândrade, sobre quem falará, numa análise comparativa com o poeta romântico inglês George Gordon Byron, o sexto Lord Byron, uma das figuras mais influentes do Romantismo. Sebastião nasceu no Ceará, estu

Eis a questão

Jornal O Estado do Maranhão Formou-se uma polêmica de forma alguma trivial, porque centrada em ameaça concreta a nossas vidas, a respeito da chamada Lei Seca. Esta não cria, mas torna mais estreitos os limites, menores do que os anteriores, mas não zero, de ingestão de bebidas alcoólicas, além dos quais é ilegal dirigir veículos automotores. Comecemos pelos números. As estimativas correntes falam de 50 mil mortos no trânsito anualmente no Brasil, grande parte em acidentes envolvendo pessoas alcoolizadas. Temos mais mortes no trânsito em um ano do que os Estados Unidos tiveram em toda a Guerra do Vietnam. Mas, esperem. De fato, a realidade terrível é pior ainda, porque as estatísticas se referem tão-só a falecimentos no local do acidente, com omissão de óbitos em hospitais e de seqüelas inevitável nos feridos, componentes de um batalhão dez vezes maior do que o de mortos. A recente lei não inovou no uso de bafômetros para medir o teor alcoólico do sangue de infratores. Antes, com