29 de junho de 2008

Uma boa escola

Jornal O Estado do Maranhão

Fomos, membros da Diretoria da Academia Maranhense de Letras, fazer uma visita no dia 20 deste mês ao Centro de Ensino Maria Mônica Vale, no Vinhais. Estávamos lá eu, como presidente, José Maria Cabral Marques, vice-presidente, Jomar Moraes, secretário-geral, Alex Brasil, 2º tesoureiro e Ceres Costa Fernandes, membro do conselho fiscal.
Antes de conhecê-la, nós como que já a conhecíamos. Ceres tinha repetidas vezes nos dado notícias dela, seja durante sessões da AML, seja em conversas informais. A acadêmica conhece a Mônica Vale por experiência pessoal e sempre nos disse que a escola desmente a idéia de que o setor público não tem a capacidade de ensinar bem. De fato, o ensino oferecido pelo Estado no Brasil (ou o ensino de modo geral) não tem bom conceito na sociedade, embora se conheçam as exceções de sempre, a confirmarem a regra. Muito já se progrediu, pois hoje todos encontram vaga para estudar, porém mais ainda tem de ser feito ainda com respeito à qualidade.
Mas o caso aqui é outro. Ocorre o seguinte. Todos os anos a Mônica Vale realiza um Momento Literário, com temas escolhidos pelos alunos. Este ano eles decidiram homenagear a Academia pelos 100 anos de sua fundação, após terem homenageado Ceres, dando o nome dela à biblioteca da escola que naquele dia viu a inauguração de uma estante de autores maranhenses. Esta realização bem revela a importância dada por eles à cultura maranhense, à leitura e à literatura.
Eles não valorizam tão-só a literatura. Uma adaptação do famoso e delicioso conto de Artur Azevedo, O plebiscito, e outra de Maria da tempestade, romance de João Mohana, que ocupou a Cadeira No 3 da AML, cujo patrono é Artur Azevedo, foram encenadas. Não imagine, leitor, os jovens atores como meros decoradores de textos com o fim repeti-los ante a platéia. Houve, como há sempre, cuidadosa preparação, com discussão e interpretação do texto pelo elenco e orientadores, de tal forma a todos terem plena compreensão das obras. A impressão que tive foi de um ambiente em que a participação dos alunos no planejamento das atividades escolares relacionadas a sua própria educação em sentido amplo é valorizada, caminho sem dúvida enriquecedor, produtivo e humanizador da escola e, em especial, dos alunos, de que é exemplo a Rádio Estação Jovem.
Imagino ser de melhoria na qualidade do ensino e do aprendizado o resultado das práticas adotadas na Mônica Vale. Se for de fato assim, como acredito ser, então algo pode ser aprendido e transferido a outros estabelecimentos da rede de ensino público. Deve-se ter em mente que a experiência não é única. Outras escolas do Estado atuam de forma semelhante, sendo a ênfase na leitura a característica individualizadora da Mônica Vale. No entanto, podemos tomá-la como modelo e daí projetar possíveis soluções para os problemas educacionais do nosso sistema de ensino de nível médio. Pode-se e deve-se indagar a respeito das razões que levaram a uma situação de sucesso como essa. Se funcionou lá, é possível que funcione em outras.
O diferencial está no corpo docente treinado e motivado? Nos equipamentos, não necessariamente sofisticados? A motivação vem dos responsáveis pelas políticas públicas para a educação? Ou tudo está ligado às características sócio-econômicas dos alunos? Se não existe ainda, deveria existir uma equipe de técnicos encarregada de avaliar situações análogas e de responder a perguntas como essas, propondo a aplicação sistemática ao sistema de ensino dos fatores que possam conduzir a bons resultados e a remoção dos impeditivos. Se já existe, então é necessário colocar em práticos os diagnósticos até aqui realizados.
De qualquer forma a Mônica Vale é prova da possibilidade de os governos oferecerem educação de boa qualidade.

22 de junho de 2008

Gomes de Souza

Jornal O Estado do Maranhão

No discurso com que dei boas vindas à Academia Maranhense de Ciência, em nome da Academia Maranhense de Letras, na sede desta, quando da instalação solene daquela, terça-feira passada, apontei a coincidência de ser o patrono da nova Academia, Joaquim Gomes de Souza, o mesmo da Cadeira 8, ocupada por mim na AML, tendo ele nascido a 15 de fevereiro, dia de meu nascimento. Creio que os fundadores da instituição recém-instalada não poderiam ter feito escolha mais acertada, pois ele é o símbolo do surgimento da Ciência Matemática no Brasil, com a particularidade de ser maranhense que viu a luz pela primeira vez à margem esquerda do Itapecuru, na fazenda Conceição, em 1829. Membro de família tradicional da elite econômico-social da Província do Maranhão (foi construído por seu pai, Inácio José Gomes de Sousa, produtor rural, o prédio onde hoje funciona o Museu Histórico e Artístico do Maranhão, na rua do Sol), ele se tornou um inquestionável mito no imaginário popular, com feitos, reais ou imaginários, ligados, na maioria das vezes, mas não unicamente, a sua condição de matemático, o que ele de fato foi em alto nível, tendo obtido em 1848 o grau doutor nessa área, o primeiro concedido pela Escola Militar da Corte. Em 1856, obteve o de doutor em medicina na Faculdade de Medicina de Paris, completando os estudos iniciados no Rio de Janeiro.
Humberto de Campos conta que, em Paris, durante uma aula do famoso matemático Cauchy, que havia apresentado aos estudantes uma equação como não integrável, Souzinha teria contestado a afirmação do mestre, mostrando-lhe o erro. Cauchy o teria, então, comovido, abraçado e se tornado seu amigo. Malba Tahan afirma entrar aí “um pouco da fantasia de Humberto de Campos”, pois o francês era considerado por seus contemporâneos como invejoso, egoísta e rancoroso. Sua reação natural seria de repúdio a Gomes de Souza. As palavras de Humberto de Campos mostram um ufanismo e, até, uma certa ingenuidade representativas de uma visão sobre a carreira de Sousinha tendente a folclorizá-lo.
Outros, como Henriques Leal, embora mais prudente em sua avaliação do grande maranhense, que era seu amigo, diz no Pantheon Maranhense: “Logo no primeiro exame fez tanta sensação o triunfo que nele obteve, que S. M. o Imperador não quis perder mais nenhum de seus atos, concorrendo assim com sua augusta presença para abrilhantá-los”. Ora, é bem conhecido o hábito do imperador de comparecer regularmente aos exames de diversas instituições de ensino sediadas no Rio de Janeiro. Seria plausível ele ter notícia do bom desempenho de Souzinha e, curioso, assistir a seus exames. Mas, dizer isso sem mencionar o hábito de Pedro II é induzir o leitor a ver como excepcional um gesto comum no soberano.
Clóvis Pereira da Silva avalia ter sido ele “o mais importante matemático brasileiro nas duas primeiras décadas da segunda metade do século XIX” e de sua produção impressionar não tanto pelo rigor, mas por ter sido desenvolvida apesar do isolamento dele do mundo científico europeu daquele tempo. Ainda na sua apreciação, a famosa tese de doutorado em matemática de Gomes de Souza, Dissertação sobre o modo de indagar novos astros sem auxílio das observações diretas , “não é um trabalho acadêmico de excepcional qualidade. Contudo, é um importante marco na historiografia da ciência no Brasil, porque ela corresponde ao início de uma importante atividade científica, a saber, a pesquisa matemática séria em nosso país.
Podemos sintetizar a figura de Gomes de Souza assim: inteligência excepcional, incomensurável curiosidade intelectual, criatividade, vontade de saber e grande talento matemático. Sua obra e personalidade ainda não tiveram o estudo consistente a que têm direito.
Separemos o mito do matemático.

15 de junho de 2008

AMC na AML

Jornal O Estado do Maranhão

Corro a explicar o título. Na próxima terça-feira, dia 17, às 20 horas, a Academia Maranhense de Letras recepcionará em sua sede à rua da Paz a recém-fundada Academia Maranhense de Ciência – AMC, em solenidade de instalação da nova entidade. Com este, a AML realiza o sexto evento comemorativo dos cem anos de sua Fundação.
O leitor perceberá logo a importância do acontecimento e a carga simbólica e emotiva que o envolverá. Uma Academia cuja missão é a preservação da memória cultural maranhense, e que este ano completa cem anos de sua própria fundação, abrigará o nascimento de instituição congênere cujo ideal tem semelhança com o seu, com a única diferença de situar-se no campo científico. No primeiro Centenário da AMC e segundo da AML, no ano de 2108, ainda estará nos anais de ambas que elas estiveram juntas em 17 de junho de 2008, juntos os membros de uma e os fundadores da outra, e que a mais velha acolheu a mais nova nesse dia, desejando-lhe longa e profícua vida, e que suas dependências serviram a partir da semana seguinte à da instalação, como local das primeiras reuniões ordinárias da recém-instalada, passos iniciais de relacionamento que se estenderá por infindáveis décadas, pode-se prever.
A AMC foi criada nos moldes e sob a orientação da Academia Brasileira de Ciências, esta fundada a 3 de maio de 1916 no Rio de Janeiro, com seções especializadas, hoje em número de dez: Ciências Matemáticas, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Ciências Biológicas, Ciências Biomédicas, Ciências da Saúde, Ciências da Terra, Ciências Agrárias, Ciências da Engenharia e Ciências Humanas.
A ABC, que mantém convênios com afamados centros de pesquisa de diversos países, a exemplo do Japão, França, Grã Bretanha (com a The Royal Society of London), República Tcheca e Índia, e com entidades internacionais como a Unesco, tem publicado desde sua fundação, e de forma ininterrupta desde 1929, os prestigiosos Anais da ABC, sendo essa a mais antiga revista científica brasileira. Em 1926, Einstein, já famoso pela Teoria da Relatividade Geral (1915) e ganhador do Prêmio Nobel de Física (1921), pela correta explicação do efeito fotoelétrico, nela publicou um artigo sobre a teoria da luz. Os Anais dedicam-se à divulgação de resultados de pesquisas científicas, não apenas de seus membros, nos ramos cobertos pelas diversas seções da Academia, que também tem publicações avulsas.
A AMC, que tem congêneres estaduais tão-só nos Estados do Rio de Janeiro e em São Paulo, seguirá o modelo da ABC. Segundo a comissão organizadora, ela terá uma revista científica de publicação periódica, estabelecerá convênios, promoverá intercâmbio científico, instituirá prêmios e desenvolverá outras atividades, sempre de apoio à ciência e preservação da memória científica no Maranhão.
Entre os fundadores da AMC estão os reitores das universidades públicas do Estado, José Augusto Oliveira, da Universidade Estadual do Maranhão, e Natalino Salgado Filho, da Universidade Federal do Maranhão, Othon Bastos, reitor da Universidade Virtual do Maranhão – Univima, professora Terezinha Rego, Sofiane Labidi, presidente da Fapema, e outros respeitados cientistas em atividade no Estado, como Evandro Chagas e Alan Kardec Duailibe, estes entre os de minhas relações mais próximas.
A união das duas Academias – a que vive há um século e a que acaba de nascer – simboliza um ideal presente no pensamento ocidental desde a Antiguidade, de reflexão sobre o sentido da vida e de construção de um conhecimento do mundo seja através da arte e da ciência, como neste caso, seja através da filosofia, do mito e, até, do senso comum, mas sempre com base no uso da razão fundada em princípios éticos, ideal em falta no mundo contemporâneo, mas presente nas duas entidades.

8 de junho de 2008

No Ceará nãotem disso,não



Jornal O Estado do Maranhão

Sogra foi sempre personagem avaliada por gente cujo senso de justiça é nenhum, é evidente, como a super-mãe chata e inconveniente, determinada a dar palpites indesejados sobre a vida dos filhos casados. Rejeitada por genros e, em especial, pelas noras, ela tem sido uma eterna injustiçada. Se o neto da pobre coitada não vai bem na escola, anda fazendo ou falando besteira, não tem disciplina para nada, anda fumando e cheirando substâncias suspeitas, a culpada é ela que vive mimando, com presentinhos a toda hora, o júnior, rapaz de ótimo comportamento, exemplar na ausência dela. Ela, acusam com preconceito, estraga o cara. Já nem falo do que dizem (as noras, sempre elas) sobre a imaginada mania de a sogra se considerar uma sabichona e de avaliar as mulheres dos filhos como ignorantes de tudo e mal-educadas.
Pois foi com o objetivo de dar uma demonstração prática de sua discordância com avaliações preconceituosas como essas e mostrar o quanto ama a sua sogra que o governador do Ceará, Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, por assim dizer candidato a presidente da República, alugou um jatinho executivo, com dinheiro do governo chefiado por ele e saiu pelo mundo, principalmente por terras anglo-saxônicas, onde as sogras são muito consideradas, segundo me informaram, acompanhado de assessores, da mulher, que compreensivelmente ficaria magoada por não ter a companhia da mãe durante a viagem, e da própria injustiçada, pelo visto uma espécie de ente sagrado no coração e mente de Cid.
Tudo em nome dos nobres princípios da harmonia familiar, e apenas por isso, pois nunca lhe passaria pela cabeça usar dinheiro público para gozar o bem bom da vida ao custo de abandonar a mãe de sua amada no Ceará, sem a presença reconfortante da filha e sem o apoio caloroso do genro. O preço a pagar em termos de conflitos familiares seria muito alto. “Excelente, não poderia ser melhor. Só de tratar bem minha filha já é muita coisa”, foram as comovidas palavras da sogra a respeito de Cid Gomes. Ela, pelo menos nas fotos mostradas pela imprensa, tem um ar mais juvenil do que o da filha, embora já com algumas décadas de experiência de vida. Não se sabe se o governador mandou pagar as eventuais cirurgias plásticas dela. Se o fez foi seguramente com a grana dele, pois é preciso ter princípios, como o governador, e não misturar o público com o privado.
Quando fizerem o concurso de genro do ano no final de 2008, ganhará com louvor o título de campeão. Sempre haverá os céticos, que não perdem oportunidade de inventar alguma intenção oculta nos atos das pessoas e, em especial, nos de governadores e outros políticos. Mas, de qual pecado secreto se trataria neste caso? A verdade é esta. Ninguém merece mais a honraria do que ele, pois genro nenhum jamais chegou sequer perto dele na arte de agradar a avó de seus filhos.
Nunca antes neste país, houve tanto amor entre dois seres vistos equivocadamente como inimigos irreconciliáveis. Poucos teriam a coragem dele, de vir a público declarar um sentimento tão forte, de não escondê-lo, de proclamá-lo ao Brasil inteiro, e até a povos estrangeiros, de reafirmar sua crença corajosa no amor de sogra, pois não ocorreria a ninguém a hipótese de haver algo inconfessável, menos nobre, entre ele e ela. Fosse isto verdade, ele se tornaria mero personagem de Nelson Rodrigues, parecido com Palhares, o canalha, que, morando na casa do sogro, atacava as cunhadas pelos corredores, numa época de muitas cunhadas e cunhados, porque as esposas se dedicavam intensa e exclusivamente, por circunstâncias sociais e econômicas da época, à tarefa da reprodução da espécie, não sei se com entusiasmo ou tão só por dever de ofício.
Falar mal da sogra? Nunca. Pelo menos no Ceará não tem disso, não.

1 de junho de 2008

Poesia no Centenário

Jornal O Estado do Maranhão


As festividades comemorativas do Centenário de fundação da Academia Maranhense de Letras têm prosseguimento esta semana com dois eventos. Na próxima quinta-feira, 5 de junho, o poeta Luís Augusto Cassas, lançará o livro Evangelho dos Peixes para a Ceia de Aquário, com prefácios de Paulo Urban e José Mário da Silva e orelhas de Leonardo Boff e Frei Betto. A capa, desenhada por Júlio Moreira, tem ilustração de Jesus Santos, artista plástico maranhense de renome. Na sexta-feira, dia 6, teremos Marco Lucchesi, que discorrerá sobre Dante, por meio do tema “Os Olhos de Beatriz”. As duas solenidades ocorrerão às 20 horas, na sede da Academia, à rua da Paz, Centro.
Não é coincidência a data do lançamento de Cassas. Cinco de junho é o dia do Meio-ambiente e o livro dele tem como tema, entre outros, o ambiente – especialmente, um dos seus componentes vitais, a água – vítima da ação predatória do homem moderno, construtor incompetente de uma sociedade em que, prisioneiro da lógica da aquisição, da qual raras vezes é capaz de se libertar, reproduz acriticamente um estilo de vida cuja principal característica é a mecanicidade nas relações humanas e ausência de reflexão sobre o sentido de estar no mundo e de viver. Tal armadilha criou um mundo ameaçado de retorno à barbárie, com ciclos intermináveis de guerras e genocídios e permanente manipulação das pessoas e suas consciências como triste regra de convivência.
Como o título sugere, as águas, como metáfora da pureza, mas também como fonte de sobrevivência do corpo, constituem preocupação do poeta, como, por exemplo quando fala do rio Itapecuru: “quem irá pagar / a conta suicida / de exterminar / a água da vida?”. Ele nos chama a uma reflexão e mostra a necessidade de misericórdia com a Terra e compaixão por ela e seus habitantes. Não se trata de parecer bom moço preocupado com o meio ambiente, mera pose vista por toda parte hoje em dia. Nada mais longe de um poeta cuja poesia é visceral, parte indissociável de sua vida e não exibicionismo. Mas, da percepção dele de que os seres humanos formamos com nosso planeta uma unidade, um todo indivisível e que destruí-lo é aniquilar a nós mesmos.
A obra de Cassas, pontilhada como é de referências universais, assim como de referências maranhenses (vejam os poemas Pranto pelo Rio Itapecuru, Oração pelos Rios do Maranhão e outros) pode ser lida sem perda do entendimento poético por quem sequer souber da existência de nossos rios e mares (não dizem que é preciso falar da própria aldeia a fim de fazer-se entender universalmente?). Essa é verdadeiramente uma das marcas dos grandes artistas, o constituinte da universalidade da arte, o verso e o universo.
O segundo evento, o 5º do Centenário da AML, no dia 6 de junho, terá a presença de Marco Lucchesi, poeta, tradutor, ensaísta, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor visitante da Universidade de Roma Tor Vergata (2006) e da Universidade de Craiova, Romênia (2007). Ele é formado em História pela Universidade Federal Fluminenese, doutor em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutor em Filosofia da Renascença na Universidade de Colônia, Alemanha. Lucchesi, ao final de sua palestra autografará A memória de Ulisses, livro de ensaio, e Meridiano celeste, de poeisa. A vastidão de sua obra me impede de relacioná-la aqui. Ela mostra o amplo espectro de interesses de um escritor moderno que atua em quase todos os gêneros literários e em várias línguas.
O assunto da palestra dele, Dante – Os olhos de Beatriz, refletirá certamente as grandes reflexões atuais sobre poesia. Sua realização será boa oportunidade de contato com uma leitura moderna acerca de um dos formadores da cultura européia e, portanto, da nossa.

Machado de Assis no Amazon