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Mostrando postagens de fevereiro 15, 2016

O Entregador das Manhãs

Luiz Alfredo Raposo Economista. Bancário aposentado Madrugador inveterado, hoje às quatro e meia da matina já estava eu na rede do terraço, dando um balanço das aflições com o Brasil, meu xodó de Grupo Escolar. De repente, pá, aquela pancadinha surda no verde do jardim. Era o pacote do jornal que acabara de aterrissar. Fato costumeiro das antemanhãs, dessa vez ele bateu diferente. Sim, senhor, a despeito de tudo, o jornaleiro não perdera o ânimo nem a condução: levantara antes do sol e saíra para a abençoada batalha do dia. Ele era o Brasil que eu estava procurando, vivo e válido apesar da ferida cruel da crise. Ah, que sacudidela cordial foi aquela! Em reação-homenagem, larguei de mão o macio da rede e vim direto batucar essas linhas. O que mais assusta numa crise como a atual nem é a crise em si: é ver que o país corre o sério risco de estar em marcha batida para uma forma qualquer de moratória da dívida pública. Me explico quase sem tecnicalidades. No passado ano de 2015, dizem os