Jornal O Estado do Maranhão Não sei se o leitor já foi perseguido por cachorros em nossa cidade. Ainda não? Nunca numerosa matilha de 15 a 20 deles decidiu correr atrás de você, na tentativa de morder-lhes os calcanhares ou arrancar-lhes pedaços da batata da perna ou, quem sabe, qual nos filmes de terror, cravar os dentes na sua garganta e saciar, vamos dizer, insaciável sede de sangue? Eu já fui ameaçado, muitas vezes. Numa delas, fui arranhado – felizmente não fui mordido –, pelo afiado canino de um canino, necessitando de tomar vacinas. Em minhas andanças de bicicleta por São Luís e pelo resto da Ilha – São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa –, depois de tanta perseguição, eu acabei chegando à conclusão óbvia de haver mais desses animais nas vias públicas do que gente. Não faço a comparação entre os de rua e humanos na mesma situação (na linguagem politicamente correta, “em situação de rua”). A população de cães que perambula pela Ilha supera em muito