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Mostrando postagens de junho 10, 2003

As crônicas

Jornal O Estado do Maranhão Fazem-me perguntas, alguns leitores, sobre a natureza da crônica e sobre os bons cronistas. A resposta não é fácil. Para início de conversa sem exigência de terno e gravata, conversa idealmente descontraída, sem muita sisudez, como um domingo no circo, digo que a mim parece não haver uma definição amplamente aceita a respeito desse tipo de prosa. Tal indefinição tem levado muita autoridade no assunto a classificar como crônica tudo aquilo que nós chamamos assim. Do ponto de vista da etimologia, a palavra tem origem no latim chronica , chronicorum , “relato de fatos em ordem temporal, narração de histórias segundo a ordem em que se sucedem no tempo”. Há, porém, sutilezas nos significados dela, adquiridos desde sua incorporação, no século XV, à nossa “Última flor do Lácio, inculta e bela”, para ficar com a comum expressão, herdada do parnasiano Olavo Bilac, usada em referência a nossa língua, o que bem mostra a força desse poeta de verdade e a verdade de out