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Mostrando postagens de março, 2010

O Valente Ibama e o Infiel

Jornal O Estado do Maranhão, 21/3/2010   O título parece de literatura de cordel, mas a história não tem graça nenhuma. Vejam. Está no site do Ministério da Justiça: “A Força Nacional de Segurança Pública foi criada em 2004 para atender às necessidades emergenciais dos estados, em questões onde se fizerem necessárias a interferência maior do poder público ou for detectada a urgência de reforço na área de segurança”. Deve ter havido então uma necessidade emergencial a justificar o emprego pelo superintendente do Ibama em São Luís, cujo nome não quero saber, da Força Nacional na apreensão há poucas semanas de quatro embarcações que estavam transportando caranguejos no período de defeso, portanto ilegalmente. Eram elas de grandes empresários de outro Estado, na ânsia de saquear nossos recursos naturais? Eram perigosos piratas do litoral da Somália diversificando suas atividades ao iniciar a cata predatória de caranguejo logo aqui? Havia grave ameaça à segurança nacional? Nada disso. E

O caso da apreensão dos barcos artesanais: IBAMA e Secretaria de Meio Ambiente de São José de Ribamar

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Para entender a história contida nas fotos abaixo, veja primeiro o post anterior (O Valente Ibama e o Infiel) com meu texto sobre a apreensão de barcos artesanais pelo Ibama e o uso indevido deles após serem colocados sob a responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente de São José de Ribamar. Na última linha do texto, há um link para voltar para cá. Fotos de Edgar Rocha 1 - Barco chegando com sururu 2 - Uma canoa se aproxima 3 - Começa a descarga do sururu. Reparem no número de pessoa 4 - Carga de sururu é baixada do barco 5 - Operação continua ] 6 - Sururu a caminho da praia 7 - O produto da viagem ilegal chegando à praia Três dias depois... (fotos minhas) 1-  Aspecto do leme quebrado  2 - Detalhe 3- Outro ângulo 4 - Visão geral do barco 5 - Outro detalhe do leme quebrado

Lembrança e Realidade

Jornal O Estado do Maranhão , 7/3/2010 Narrei algumas vezes nesta coluna algumas lembranças de minha infância, adolescência e parte da vida adulta. Quase sempre nessas ocasiões expressei dúvidas quanto à natureza e realidade delas. O que eu descrevia tinha, de fato, acontecido daquela maneira? A memória havia me traído e eu simplesmente estava reconstruindo, pelo uso de mecanismos da psicologia humana, o passado a partir de fragmentos de histórias ouvidas por mim posteriormente no ambiente familiar e no grupo de amigos com quem eu convivera por anos e anos compartilhando experiências de crescimento e amadurecimento? Difícil responder. Era "realidade", invenção inconsciente? Afinal, o que é "real"? É tudo autoengano? Perguntas cujas respostas não me atrevo a dar. A própria filosofia não ainda chegou a uma conclusão definitiva sobre a questão. Eu, que não sou especialista nesses mistérios da mente, dou um exemplo dessa dúvida insanável. Eu me recordo