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Mostrando postagens de agosto, 2007

A reforma ortográfica

Jornal O Estado do Maranhão Estamos próximos da entrada em vigor de uma reforma ortográfica, inicialmente no Brasil, São Tomé e Príncipe, e Cabo Verde e depois em Portugal e nos outros países lusófonos, signatários, como esses três, do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Os objetivos do Acordo são de reduzir os custos de produção e tradução de livros, facilitar a difusão bibliográfica e melhorar o intercâmbio cultural entre os países de fala portuguesa, que têm em conjunto população de 240 milhões. Para isso, eles concordaram em alterar a maneira de grafar algumas palavras. As mudanças atingirão percentagem muito pequena da língua escrita em cada um deles, de tal forma a se poder chegar a bem-vinda simplificação e a padronização próxima de 100%. O leitor terá idéia de como os lusófonos andaram até aqui em dissintonia com as nações com herança lingüística comum sabendo disto. O espanhol, falado por cerca de 450 milhões de pessoas em 19 países, tem apenas uma ortografia oficial.

As agências e "a gente"

Jornal O Estado do Maranhão O presente caos brasileiro, explícito depois do desastre do Airbus da TAM que matou quase 200 pessoas e mostrou completa falta de coordenação entre órgãos encarregados do setor aéreo brasileiro, trouxe a debate público o papel das agências reguladoras no Brasil. O governo, depois de desvirtuá-las, enchendo-as de companheiros ansiosos por mostrar seus conhecimentos especializados em capturar bons empregos públicos e que, no caso da de Aviação Civil, Anac, de vôo de avião entendem tanto quanto eu do idioma mandarim, quer agora politizá-las, atribuindo ao Executivo o poder de demitir seus diretores. Querem matá-las, jogando fora juntos o bebê e a água do banho. Preservadas de politicagem nos países desenvolvidos, elas desempenham, livres de interferências perniciosas dos governos, papel importante na economia. Seus diretores, aprovados pelo Legislativo, têm mandatos fixos, não coincidentes como o do presidente da República, que não os pode demitir, e trabalha

Um livro de Sálvio Dino

Jornal O Estado do Maranhão Nas notas para o que seria uma segunda edição do Dicionário histórico-geográfico da Província do Maranhão , de César Marques, Antônio Lopes se refere muitas vezes a O sertão : subsídios para a história e a geografia do Brasil , como sendo de Parsondas de Carvalho, alusão que surpreenderá os leitores familiarizados com esse livro, pois é a irmã dele, Carlota Carvalho, nas duas edições, a primeira, de 1924, e a segunda, de 2000, quem nela é apresentada como autora. Lopes cometeu simples engano ou teria outras razões para atribuir a autoria ao irmão de Carlota? A resposta a essas perguntas é uma das tarefas a que se propõe Sálvio Dino, da Academia Maranhense de Letras, no seu Parsondas de Carvalho : um novo olhar sobre O sertão , com prefácio de Milson Coutinho, também da AML, obra dada a público no dia 28 de julho, em Montes Altos, onde Parsondas foi enterrado há 81 anos. O objetivo central de Sálvio, no entanto, não é esclarecer dúvidas de décadas sobre que