Argentina
Jornal O Estado do Maranhão Duas fundações teve Buenos Aires, para não restar dúvidas sobre sua vontade de viver. Duas vidas que são mais do que sete fôlegos. São sete vidas. Mais ainda, vidas dentro da vida. Como no labirinto de que nos fala o poeta portenho, o maior da língua de Cervantes, Calderón, Góngora, Quevedo, Lope de Vega. A primeira fundação, realizou-a D. Pedro de Mendoza, de Granada, em 1536. Puerto de Nuestra Señora Santa María del Buen Aire. Depois Buenos Aires. Bons Ares. Os conquistadores expulsos pelos índios e pela falta de comida. Mas, é ir lá e ver os bons ares dos vários rios, o Paraná, o Uruguai e o Salado, que formam um só, o da Prata, chegando todos, quase juntos, ao estuário. Bons também são os ares das ruas cheias de livrarias, de bioys casares e de borges, de tangos, de gardéis, de futebol, de maradonas, de elegâncias ostensivas, não discretas como as do Caetano de inspiração paulistana. Azul e branco em tudo. A segunda fundação foi por Juan Garay, em 1580,