De quem, a conta
Passados brevíssimos três dias da eleição presidencial, o Banco Central, a mando de Dilma Rousseff, notória inimiga da autonomia do órgão, sentimento alardeado por ela durante a campanha eleitoral, elevou a taxa básica de juros da economia brasileira a 11,25%. Todos sabiam que, cedo ou tarde, medidas de contenção da inflação, entre elas essa de agora, teriam de ser tomadas, na hipótese benigna, claro, de estar na cogitação dos companheiros o combate “diuturno e noturno à inflação”, como certamente diria Dilma em dilmês, essa língua tão pitoresca, da família do búlgaro antigo. Todavia, ninguém contava com tanta pressa. Faltou um pouco de pudor, considerado o discurso aterrorizante de campanha contra, justamente, a elevação. Em verdade, eu sempre pensei que seria Aécio Neves, caso eleito, o executor dessa política “neoliberal” e não o “partido do povo”, não o PT, na medida da representatividade efetiva da presidente das ideias do petismo, ou petralhismo, sei lá, defen