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Mostrando postagens de setembro 7, 2003

Angústias de vampiros

Jornal O Estado do Maranhão   Há uma coisa que não surpreende mais ninguém no poeta Luís Augusto Cassas. (Uma vez que deram de chamar poetisa de poeta, bem se poderia chamar o poeta de poeto). São as constantes boas surpresas que seus livros nos fazem. Em cada um, como no último, O vampiro da Praia Grande , seu talento originalíssimo nos oferece algo inesperado, com uma poesia que, sendo universal em sua essência, como toda boa poesia, já o é também no alcance de leitores em todo o Brasil, com sua força indiscutível e o reconhecimento da melhor crítica do país. Esse permanente surpreender me faz lembrar de João Cabral de Melo Neto: “[...] se pode aprender a escrever,/ mas não a escrever certo livro./ Escrever jamais é sabido;/ o que se escreve tem caminhos:/ escrever é sempre estrear-se/ e já não serve o antigo ancinho./Escrever é sempre o inocente/ escrever do primeiro livro./ Quem pode usar da experiência/ numa recaída de tifo?”. É isso. Cada livro é sempre uma estréia diante da qua