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Mostrando postagens de março 14, 2004

A batalha

Jornal O Estado do Maranhão Não se ouvia ruído algum quando ele chegava, apesar de seus tamancos, que em outros pés não seriam tão silenciosos, e de o silêncio não ser de seu temperamento de não levar desaforo para casa. Se não fosse pelo cheiro forte da fumaça do Astória recém-acesso (não se fabricavam cigarros com filtro) ou pelo cheiro de nicotina a lhe impregnar as mãos e a roupa, ambos os odores se espalhando pelas horas do amanhecer na residência, ninguém perceberia que ele já abrira o pequeno portão verde (não seria azul?) de madeira em um plano acima do da avenida, subira a pequena escada de cimento em forma de ele que levava ao terraço, tomara à esquerda evitando a entrada principal, caminhara pela comprida área que ia do terraço até o quintal, formada pelo muro e a lateral da casa, e chegara à cozinha pela porta dos fundos para tomar seu café, feito na hora, com o pão que ele mergulhava na xícara, um costume com origem na Baixada Maranhense, em Cajapió, pois de lá viera. A m