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Mostrando postagens de outubro, 2008

Saídas confusas

Jornal O Estado do Maranhão A educação de um povo, garante-me um amigo que já correu Ceca e Meca e olivais de Santarém, pode ser medida pela forma de conduzir automóveis. Não sei se isso é verdade. Se for, há motivos de preocupação com nossa cidade. Se fôssemos julgar pela postura de algumas pessoas ao volante, seria uma terra de gente mal educada. Ironicamente, o amigo chama a atenção para a falta de educação, exibida com orgulho. Onde? Nas portas das escolas, lugar de educação. O mau exemplo, diz ele, é dado pelos pais dos educandos. Estes, guiados por aqueles, acabarão igualmente mal educados. O que se vê é de lamentar, de fato. Na ânsia de apanhar seus amados filhos, depois das intermináveis três ou quatro horas de ausência, e não suportando mais tão longa separação, os pais não se importam de parar seus carros em filas duplas, triplas, quádruplas, impedindo a passagem de outros veículos. Não lhes ocorre, ou se ocorre não os comove, a possibilidade de alguém numa situação de

A Feira do Livro

Jornal O Estado do Maranhão A Feira começou. Falo da 2ª Feira do Livro de São Luís, que não é, de fato, a segunda, como a de 2007 não foi a primeira, na ordem cronológica de realização de evento cultural desse tipo em nossa cidade, porque outras, bem menores, já foram realizadas, mas nenhuma dúvida há de que, iniciada no ano passado, irá durar por muito tempo, em benefício da cultura maranhense, pois o novo prefeito a assumir a administração de São Luís em janeiro de 2009, em substituição a Tadeu Palácio, que a instituiu por lei, e as seguintes, irá cumprir rigorosamente e com igual brilho e entusiasmo a determinação inscrita na legislação municipal de realizá-la periodicamente. Tendo dela participado no ano passado e acompanhado um pouco mais de perto sua montagem este ano, sob o comando do presidente da Fundação Municipal de Cultura, Edirson Veloso, e a direção heróica da coordenadora geral, Lúcia Nascimento, com dedicação em tempo integral e a um ritmo frenético às tarefas de

Machado de Assis

Jornal O Estado do Maranhão A segunda-feira passada, 29 de setembro, assinalou cem anos da morte de Machado de Assis. Apesar das vozes discordantes, que já se levantavam quando ele estava vivo e consagrado, sem a capacidade, porém, de estancar o crescimento da glória do grande escritor, cuja fortuna crítica cresce quase diariamente, ele tem tido aprovado com louvor, no maior teste a que um artista pode se submeter, o do tempo. Quantos escritores tiveram em sua época os aplausos das multidões, logo emudecidos, mal eles desceram aos “lugares pálidos, duros nus”, de que nos fala Adriano. Nas Fontes para o estudo de Machado de Assis (1958), J. Galante de Sousa nos dá, para os anos entre 1857 e 1957, 1.884 verbetes com referências a Machado. A Bibliographie descriptive, analytique et critique de Machado de Assis (1965), de Jean-Michel Massa, autor do melhor livro sobre o jovem Machado, A juventude Machado de Assis , 1839-1870: ensaio de biografia intelectual (1971), relaciona mais