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Mostrando postagens de dezembro 30, 2012

Mundo sem fim

Jornal O Estado do Maranhão           Ufa, o mundo não acabou, com ou sem calendário maia. Aquele povo era muito ruim de cálculo, o que levou suas previsões ao fracasso, ou não se entendeu bem com os deuses e com as profecias passadas por eles.           Acordo na manhã do dia fatal, esquecido de que aquele seria o último. Um mecanismo psicológico qualquer recalcara a lembrança? Não sei. Levanto e pego a bicicleta pensando em sair por aí. Desço ao térreo, checo a pressão dos pneus, o funcionamento das luzes, dos freios e do velocímetro, visto a bermuda e a camisa, calço as luvas e as sapatilhas, coloco o capacete e me considero devidamente equipado. No segundo seguinte aquele estalo: é hoje, chegou a hora. Subo de volta.            Afinal, a que horas se daria o último fenômeno cosmológico a ser visto por um ser humano? Às seis da manhã, meio dia, às seis da tarde, à meia noite? Sem pista nenhuma, dúvidas me cercaram de todas as direções. Acabaria tão somente a Terra, ou o Universo