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Mostrando postagens de setembro 1, 2002

As valois

Jornal O Estado do Maranhão A gente pegava o ônibus a pouca distância de nossa casa, defronte do Senai, perto do Cine Monte Castelo, no bairro do mesmo nome. Íamos em nossos uniformes com as letras ST, iniciais de Santa Terezinha, escola das irmãs Valois, bordadas no bolso esquerdo da camisa branca de mangas curtas. O percurso, de pouco mais de mil metros, até lá, na esquina da avenida Getúlio Vargas com uma rua que leva ao bairro do Matadouro, hoje Liberdade, parecia uma longa jornada. Os ônibus, quase sempre cheios, principalmente de comerciários rumo ao centro da cidade, e de pacatos funcionários públicos, eram lentos, velhos e maltratados. Eram, porém, os únicos coletivos da pequena cidade, em que poucas pessoas possuíam automóvel, coisa de gente rica. Os cobradores permaneciam em um incessante ir e voltar da parte dianteira à traseira do ônibus, sacudindo moedas enfileiradas na palma da mão voltada para cima, em um tilintar até hoje em meus ouvidos, chamando os passageiros ao paga