A culpa de cada um
Jornal O Estado do Maranhão Há importante debate a ser feito, antes de qualquer outro, quando se vai discutir indicadores de violência: o da liberdade de escolha ou da ética da responsabilidade pessoal. Não há evidências empíricas consistentes de haver relação de causa e efeito entre os indicadores de pobreza-desigualdade de um lado e os de violência de outro. Se os primeiros fossem causas necessária dos segundos e devêssemos ter como aceitáveis meios espúrios (criminalidade) com o fim de justificar fins “nobres’ (justiça social), então estaríamos às portas de inevitável revolução. Porém, não vejo hordas de sans-culottes em avanço sobre alguma bastilha de uma burguesia amedrontada. Ou constituirão os rapazes dos rolezinhos e os anarquistas black blocs a vanguarda da nova revolução soviética? Se a relação existisse, a taxa de criminalidade deveria diminuir quando diminuíssem a pobreza e a desigualdade. Estas, no entanto, nos últimos anos, tiveram quedas no Nordeste