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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Um livro de Tribuzi

  Jornal O Estado do Maranhão Bandeira Tribuzi não era apenas grande poeta. Homem atento a sua própria época e à sociedade em que vivia, estudava a história do Maranhão com a preocupação permanente de encontrar soluções dos problemas econômicos e sociais de sua terra. Os fatos do passado não se apresentavam a ele como mera sucessão de lutas políticas e de poder, de episódios sem conexões aparentes, de heroísmos e vilanias absolutos, mas de um jogo de forças e interesses cuja compreensão só poderia surgir do estudo da história econômica e da conformação cultural de um povo. Daí porque esse estudioso das condições materiais de vida dos maranhenses, investigando o passado, voltava-se para o futuro, colocando o ser humano no centro de suas preocupações, tanto quanto em sua poesia. Não alimentava mitologias sobre nossa origem nem se apegava a “eras de ouro”. Basta ver, como comprovação dessa atitude, a revolução literária entre nós liderada por ele, afastando o bolor cultural de então, m

Sousinha

Jornal O Estado do Maranhão             Leio sobre história da ciência na edição especial n o. 2 da Revista de História da Biblioteca Nacional , numa entrevista do doutor Ubiratan d’Ambrosio, professor emérito da Unicamp. Ele tem mais de 200 obras publicadas, muitas sobre a história da matemática. Suas declarações me fizeram lembrar meu discurso de posse na Academia Maranhense de Letras em 2004. Fiz então uma referência a um trabalho dele, cujo título é Joaquim Gomes de Sousa, o Sousinha (1829-1864) . Transcrevo pequeno trecho: “Um estudo da vida e obras da figura fascinante de Joaquim Gomes de Sousa falta na historiografia da matemática brasileira”. É que Sousinha é o patrono da cadeira que ocupo na AML. Aí a razão de minha lembrança imediata. Na entrevista, d’Ambrosio se refere a Sousinha. A menção veio a propósito de uma pergunta sobre o desenvolvimento dessa ciência no Brasil. Vinda de uma autoridade no assunto, como o professor, mostra a importância histórica do maranhense ne