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Mostrando postagens de abril, 2013

Yes, nós temos tomate

Jornal O Estado do Maranhão                      A marchinha de Carnaval Yes, nós temos banana , composta em 1937   por Braguinha e Alberto Ribeiro, extraordinária dupla de compositores, fez um sucesso danado no Carnaval de 1938, em gravação de Almirante. Chegou, com o movimento Tropicalista na música, a ser gravada por Caetano Veloso em 1967: “Yes, nós temos banana / Banana pra dar e vender / Banana, menina, tem vitamina / Banana engorda e faz crescer. / Vai para a França o café, pois é / Para o Japão o algodão, pois não / Pro mundo inteiro, homem ou mulher / Bananas para quem quiser. / Mate para o Paraguai, não vai / Ouro do bolso da gente não sai / Somos da crise, se ela vier / Bananas para quem quiser”.           A letra tem duplo sentido de conteúdo erótico, mas também alude às chamadas “repúblicas bananas”, termo cunhado por O. Henry, escritor americano, com o fim de designar países da América Central, cujas economias se especializaram, nos séculos XIX e XX, na monocultura

Dragão à solta

Jornal O Estado do Maranhão           Em diversas ocasiões, neste jornal, fiz referências ao único e importante mérito de Lula na Presidência da República: sua política econômica, aí incluída a defesa da Lei de Responsabilidade Fiscal, fato assinalado, por exemplo, em minha crônica do dia 13/12/2006. Ele manteve em quase tudo as diretrizes “neoliberais” do período anterior ao seu: política monetária dura, com autonomia de fato do Banco Central, como se percebe dos juros altos, pois ele não desejava apertar demais a política fiscal, promovendo cortes profundos nas despesas públicas.           Os “insaciáveis” banqueiros nunca ganharam tanto dinheiro como então, pois ele não só fez uso da herança, como a levou a extremos, sobretudo no lado monetário. Ninguém foi tão neoliberal como ele, companheiro. Ele pode agora esbravejar contra o neoliberalismo, sem se preocupar com coerência. Seja dito, porém, em seu favor que coerência pode ser apenas outro nome para teimosia, recusa de