Dragão à solta
Jornal O Estado do Maranhão Em diversas ocasiões, neste jornal, fiz referências ao único e importante mérito de Lula na Presidência da República: sua política econômica, aí incluída a defesa da Lei de Responsabilidade Fiscal, fato assinalado, por exemplo, em minha crônica do dia 13/12/2006. Ele manteve em quase tudo as diretrizes “neoliberais” do período anterior ao seu: política monetária dura, com autonomia de fato do Banco Central, como se percebe dos juros altos, pois ele não desejava apertar demais a política fiscal, promovendo cortes profundos nas despesas públicas. Os “insaciáveis” banqueiros nunca ganharam tanto dinheiro como então, pois ele não só fez uso da herança, como a levou a extremos, sobretudo no lado monetário. Ninguém foi tão neoliberal como ele, companheiro. Ele pode agora esbravejar contra o neoliberalismo, sem se preocupar com coerência. Seja dito, porém, em seu favor que coerência pode ser apenas outro nome para teimosia, recusa de