A César o que é de César
Jornal O Estado do Maranhão O Ministério da Saúde e a prefeitura do Rio de Janeiro engalfinham-se pela saúde do povo da Cidade Maravilhosa. Mas, quem achar que da briga resultará algum benefício de caráter permanente para a população, trate de se internar num hospital longe de lá, a fim de se tratar de ingenuidade aguda. Em meio a golpes baixos e altos, e contra-golpes sujos e malcheirosos, o governo federal decretou estado de calamidade pública na rede hospitalar do Rio e interveio em seis hospitais municipais. Em represália, o prefeito César Maia exonerou 51 funcionários dos hospitais de seus cargos em comissão, depois retirou as gratificações e cargos de chefia de 285 e, por fim, suspendeu o fornecimento às unidades hospitalares de kits para análise de tipos sangüíneo dos pacientes, que precisariam de toda a paciência do mundo para aceitar essas decisões. Todas essas medidas edificantes, prova de elevado fervor cívico e comovente preocupação do prefeito do Rio com a saúde do povo