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Mostrando postagens de novembro 9, 2003

Rachel

Jornal O Estado do Maranhão Um dia, os médicos descobrem na adolescente de 19 anos uma doença pulmonar. A mãe, preocupada como todas as boas mães, obriga a filha a ir para a cama às nove horas da noite. O que fazer, se o sono não chega tão cedo e não há luz elétrica na casa de campo da família? As chamas e as sombras dançarinas do lampião aceso a noite inteira bem poderiam libertar esses fantasmas que enchem a imaginação dos jovens e se escondem durante o dia de sol tão brilhante, como o daquela terra seca, quase tão carente de água como estivera em 1915. Mas, nem os fantasmas aparecem nem a moça pensa neles. Pensa, sim, em escrever um livro, falando da estiagem de quinze anos antes, que se revelaria logo, logo, predestinado, pois os livros, como as pessoas também têm sua história e seu destino. Deita-se de bruços, pega um lápis e um caderno, desses pautados, e começa, aproveitando-se de sua pouca experiência de jornalista precoce, estreante em jornal ao 16 anos, mas valendo-se, também