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Nota baixa

Jornal O Estado do Maranhão Volto a Temer, o homem responsável por tirar o Brasil do buraco profundo onde o país caiu, empurrado pelas costas por Dilma Roussef e o PT. Tivesse seguido adiante o governo nefasto, estaríamos como, agora? Com inflação alta e crescente, com milhares de novos desempregados, a serem somados aos milhões criados antes; com recessão aprofundada pelas sucessivas quedas do PIB; com a imprensa ameaçada; e muito mais. Mas não quero perder tempo com o desastre histórico. Quero falar do rebaixamento da nota de risco do Brasil, por agência internacional de avaliação sobre risco futuro de insolvência de países, por ela vislumbrar muitas dificuldades na aprovação da reforma da Previdência. O presidente Temer tem seu nome associado, em todo o Brasil, à reforma da Previdência. É fato público e notório. Os recém-nascidos, antes da primeira inalação do ar de nosso planeta, perguntam preocupados: “Já resolveram o problema da Previdência? Temer conseguiu? Estou preocupado co...

Nó na cabeça

Jornal O Estado do Maranhão           Afinal, o que desejam os aliados do governo estadual? Até este momento, decorridos três anos de poder formal, ainda se sentem e agem como oposição. As cabeças não mudaram em nada. Em decorrência de atitude como essa, reclamaram, em imenso chororô, quando Temer decidiu não nomear o deputado Pedro Fernandes ministro do Trabalho, atribuindo a decisão a suposto veto do presidente Sarney. Ora, quem desse brevíssima parada em suas atribulações do dia a dia teria tido tempo de sobra de verificar que desde o início não havia condições políticas de efetivação no cargo do indicado pelo PTB.           Quem nomearia como seu auxiliar direto alguém ligado a político acostumado a chamá-lo de golpista, a não reconhecer sua legitimidade e, ainda, a não colocar a fotografia oficial dele no lugar certo e a manter, em vez disso, um espaço vazio onde deveria estar a legítima foto do legítimo ocupante da Presidência da...

Ângela e os bororós

Luiz Alfredo Raposo Economista           Deu na e-midia, a chanceler Ângela Merkel teria dito a juízes e altos burocratas que pleiteavam salários de professor: “como posso igualar vocês a quem os ensinou?” Aqui, inverso o quadro, indagam como reagiria uma Merkel presidente. Alemãmente, creio. Começaria por anotar os problemas federais: 1) os supersalários (acima do teto legal) têm um bruto dum peso na folha de ativos. 2) É enorme, frente à do INSS, a aposentadoria média do setor público. “Cópia” dos salários da ativa, ela continua a desigualdade. 3) Inviável mais imposto, está-se no nível alemão e muito aquém da renda per capita alemã. 4) No atual ciclo demográfico, o movimento de aposentações é tal, que a folha dos inativos promete comer, não demora, toda a receita orçamentária.            É, desastre na Previdência gera desastre no Tesouro e descarta soluções via só (1) ou (3). P. ex., aumentar os professores e trazer os sal...

Imprevidência

Jornal O Estado do Maranhão           Quando, nos anos 50, eu era um vivaz garotinho, como se dizia então, uma pessoa idosa era quase uma raridade. Muitos adultos usavam a expressão “lá vem o velho” para amedrontar as crianças dos casais com 7, 8, 9, 10 ou mais filhos e fazê-las ficar quietas. Conformação demográfica como essa, com muitos jovens e poucos idosos, aparecia numericamente como uma elevada participação percentual dos primeiros na população, característica dominante havia décadas. A pirâmide populacional brasileira era larga na base e bem fina no topo.           Ocorreu a partir de então, como em outros países de nível de renda semelhante ao do Brasil, célere processo de urbanização, que levou à diminuição das taxas de fecundidade, com consequências importantes na nossa composição etária. A relação jovem/idoso começou, também aceleradamente, a cair. Países de renda mais alta do que a nossa passaram da mesma forma por essas...

Infestação

Jornal O Estado do Maranhão           A infestação da maioria das redações dos grandes veículos de comunicação pelo “pensamento” esquerdista é matéria – uso esta palavra por ser ela objeto de veneração nesses lugares sagrados, onde existem altares a seu culto e se repete a toda hora o mantra sobre matéria atrair matéria – de um dos poucos consensos no Brasil, país tão disposto a tudo transformar em discórdia, até mesmo os argumentos acerca de comunistas terem direito de morar no Leblon, ou não terem, em apartamento com vista para o mar. Eles têm, sim, pobrezinhos! Nessas redações militam mais comunistas, é avaliação consensual, do que na China inteira, país nominalmente socialista, mas, na prática, capitalista, sendo esta a razão de o país vir crescendo tanto há tanto tempo, não por causa de imaginária sabedoria milenar chinesa.           Pois são essas hordas de passivistas políticos cheios de indignação teórica (verdadeiros passivist...

Façam o que eu digo...

Jornal O Estado do Maranhão           O cientista político Carlos Pereira, da Fundação Getúlio Vargas, doutor pela New School University e professor visitante na Universidade Stanford, construiu um Índice de Custos do Governo – ICG, concebido para medir de maneira sintética a eficiência do governo – não deste, mas de qualquer governo – em sua relação com o Congresso. As variáveis utilizadas no cálculo são: a) no lado dos custos, conforme está em artigo por ele publicado na Folha de S. Paulo, de 9/11/2017, não num jornalzinho qualquer do PCdoB: “1) quantidade de ministérios (e secretarias com status de ministério) que um presidente decide ter em seu governo; 2) total de recursos que aloca entre os ministérios (e secretarias com status de ministério) ocupados pelos membros da coalizão; 3) montante em emendas individuais que os parlamentares fazem ao Orçamento anual e que o presidente executa”. Os itens 2 e 3 têm seus valores calculados como percentagem do PIB...

Perde e ganha

Jornal O Estado do Maranhão            A vitória de Temer contra a denúncia do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mostra sua habilidade e força políticas (não à toa, ele foi presidente da Câmara três vezes), fecha uma fase exitosa de seu governo até o momento e abre outra de extrema importância para a vida nacional, quando uma reforma da previdência poderá ser feita, com o fim de evitar o colapso da previdência social.            Mas não procure nos grandes portais noticiosos qualquer avaliação positiva sobre o presidente, quando se fala a respeito da votação da quarta-feira passada. Ao contrário, há nesses saites avaliações de apresentadores e colunistas, que são quase unânimes em proclamar o enfraquecimento do presidente. Se ele ganhou no voto e se enfraqueceu, então, é conclusão lógica, deveria ter trabalhado para perder. Aí, sim, sairia fortalecido.           Percebeu, caro leitor? G...