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O Acordo Ortográfico I

Jornal O Estado do Maranhão Ano Novo, ortografia nova, que passo a usar hoje. Vigora desde o dia 1º deste mês o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa assinado em 1990 entre os países que têm o português como língua oficial: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste. Cada um adotará ritmo próprio na sua implantação. Aqui, em obediência ao decreto assinado pelo presidente Lula em sessão da Academia Brasileira de Letras , a 29 de setembro de 2008, o período de transição irá de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, e, em Portugal, até 2014. Os signatários deverão elaborar um vocabulário ortográfico comum. Grandes órgãos da imprensa brasileira – pelo menos a Folha de S. Paulo , desde o dia 1º de janeiro – começam a adotar a nova ortografia. Paradoxalmente, o Executivo Federal e o Congresso Nacional, poderes que a aprovaram, não mexeram uma palha para adotá-la. Felizmente o Supremo Tribunal Federal já o faz. A ideia ...

Cem Anos

Jornal O Estado do Maranhão Cem anos. Um quase imperceptível pulsar do tempo medido pela eternidade do infinito universo. Um nada. Cem anos. Uma eternidade na escala do breve viver humano. Tempo mais longo, para a maioria de nós, do que aquele durante o qual podemos caminhar, com nossas angústias, paixões, ódios e amores, egoísmo e generosidade, utopias e ceticismo, por nosso microscópico planeta de uma pequena estrela perdida na periferia da Via Lactea. Tempo suficiente para construir uma obra que irá durar, em anos, muitas vezes cem, a iluminar a imensidão interior (o infinito maior é o próprio homem, Tribuzi nos diz) de cada um de nós e nossos sucessores. Celebramos os primeiros cem anos da Academia Maranhense de Letras , de muitos outros que nossos filhos e netos irão celebrar. Parte de uma série infinita no porvir, esta comemoração, dirigida pela Diretoria que tive a honra de presidir, composta, além de mim, por José Maria Cabral Marques, Jomar Moraes, José Chagas, Laura Amé...

Medalhas do Centenário

Jornal O Estado do Maranhão Encerram-se amanhã as atividades da Academia Maranhense de Letras neste ano da graça de 2008, em que comemoramos o Centenário de sua fundação. Digo comemoramos porque a data não foi unicamente comemorada pela Academia, mas pela Casa e pelos maranhenses juntos. Pois de forma diferente desta não se pode interpretar a maré enchente de apoio, material ou não, que recebemos durante todo o ano, de todos os segmentos da sociedade. Órgãos públicos, do Estado e do município de São Luís, empresas privadas, pessoas físicas. Em todas as ocasiões, quando perceberam a necessidade de encontrar solução rápida para obstáculos com potencial de frustrar a realização de um determinado evento comemorativo, eles prontamente concorreram para afastá-los. É prova, tal resposta, do prestígio da Academia, da confiança geral em sua capacidade de bem administrar e do respeito pela sua história. Devo alertar o leitor com respeito às dificuldades iniciais, quando assumimos a Diretor...

Livros e Livros

Jornal O Estado do Maranhão Depois da marcante noite do lançamento, em parceria com a Uema , de doze livros dos fundadores da Academia Maranhense de Letras , na terça-feira da semana passada, dia 9, tivemos dois dias depois, na quinta-feira, dia 11, erudita, concorrida, emocionante e emocionada palestra do acadêmico Alberto Tavares Vieira da Silva, no encerramento do ciclo de palestras do Centenário. Ele confirmou seu conceito de grande conhecedor da obra do Padre Antônio Vieira e de palestrante seguro, com pleno domínio dos assuntos de que trata. O ciclo começou com o embaixador Vasco Mariz. Ele discorreu, ainda no início do ano, sobre a fundação de São Luís. A seguir a professora Andréa Daher, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez uma apresentação acerca das missões religiosas francesas e portuguesas no Maranhão, nos primórdios da colonização, comparando o trabalho das duas sob o ponto de vista do discurso sobre a catequese. Depois, Marco Lucchesi, poeta, ensaísta e t...

Doze Livros

Jornal O Estado do Maranhão Estes são os livros e seus autores: Fundação do Maranhão , Ribeiro do Amaral; Silhuetas , Domingos Barbosa; Coisas da vida , Alfredo de Assis Castro; História do Maranhão , Barbosa de Godóis; Por onde Deus não andou , Godofredo Viana; Harpas de fogo , Corrêa de Araújo; O Palácio das Lágrimas , Clodoaldo Freitas; Missas negras , Inácio Xavier de Carvalho; Natal , Astolfo Marques; Os Novos Atenienses , Antônio Lobo; Poesias , Armando Vieira da Silva; O Maranhão: subsídios históricos e corográficos , Fran Paxeco. São esses os doze livros a serem lançados depois de amanhã, às 19 horas, na Academia Maranhense de Letras. São livros, esses, dos doze fundadores da Academia , centenária desde 10 de agosto deste ano. Perguntaram-me uma vez se não seria uma forma de criar mitos as homenagens aos fundadores. Afinal, o decano da Casa prestou-lhes especial reverência em agosto, quando os fez entrar solenemente, como todos viram – para dar provas de que eles continuav...

Caminhos da Educação

Jorna O Estado do Maranhão Mais de uma vez fiz aqui comentários sobre problemas da Universidade brasileira. Minha preocupação com o assunto deriva da evidência de que a qualidade do sistema educacional de um país, em todos os níveis, é fator importante, quando estruturado em padrão de excelência, ao seu desenvolvimento. Os países do chamado Primeiro Mundo não têm bons sistemas educacionais pela razão de serem ricos. Ao contrário, são ricos porque os criaram desde o início de sua história moderna, como pré-requisito para o aumento da produtividade de sua mão de obra e riqueza e para seu desenvolvimento cultural, de tal maneira a gerar um círculo virtuoso cujos vetores são educação e crescimento a se reforçarem permanentemente. Nenhum povo pode aspirar ao respeito e admiração dos outros se não alcançar níveis educacionais desenhados com o fim da eliminação da pobreza e da degradação humanas. Entre as patologias que tenho apontado, está o paralisante assembleísmo. Tudo que não passa...

Federação de Academias

Jornal O Estado do Maranhão Em prosseguimento das comemorações do Centenário de fundação da Academia Maranhense de Letras , será lançada na próxima sexta-feira, dia 28, no auditório da AML, a Federação das Academia de Letras do Maranhão. A nova instituição já se fazia tardar, pois não é de hoje que a idéia circula entre acadêmicos e pessoas ligadas à vida literária do Maranhão. É natural que instituições dedicadas aos mesmos fins, neste caso, o da defesa e preservação das tradições culturais do estado e dos municípios, se unam. É o que está para acontecer. Existem, hoje, no Maranhão, 22 academias de letras: Imperatrizense de Letras; Açailandense de Letras; Sambentuense; de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons; Bacabalense de Letras; Pedreirense de Letras; Arariense-Vitoriense de Letras; Maranhense de Letras Jurídicas; Barreirinhense de Letras; Grajauense de Letras; Maranhense de Medicina; Pinheirense de Letras, Artes e Ciências; Vianense de Letras; Anaja...