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Rolezinho e mistificações baratas

REINALDO AZEVEDO O pobrismo racialista é a mais vistosa manifestação de vigarice intelectual do jornalismo e da academia Setores da imprensa e alguns subintelectuais, com ignorância alastrante, tentaram ver o "rolezinho" como manifestação da luta de classes. Os shoppings, chamados de "templos de consumo" por bocós dos clichês superlativos, seriam a expressão mais evidente e crua do "fetichismo da mercadoria", uma estrovenga que "sedizentes" marxistas não conseguem definir sem engrolar incongruências e abstrações inanes. Deu errado. Boa parte dos shoppings está nas periferias e é frequentada por pobres. Quando a luta de classes falha, é o caso de convocar a guerra racial. Mais uma vez, a PM é vista como algoz, e "jovens pobres, negros e da periferia", como arautos de um novo tempo. Os deserdados da "modernização conservadora" teriam decidido invadir o espaço privado do capitalismo excludente: o shopping! Quanto besteirol...

Quanto tempo!

Jornal O Estado do Maranhão           Já se passaram muitos anos. Eu tinha apenas 10 anos. O ano de 1958 marcou o início da incomparável ascensão brasileira no mundo do futebol mundial.           Na Copa de 1938, nossa seleção havia terminado em terceiro lugar e Leônidas da Silva, o Pelé da era pré-Pelé, havia sido o artilheiro da competição. Suas extraordinárias habilidades fizeram com que uma fabricante de chocolates desse o nome de Diamante Negro, forma como ele era chamado, a um de seus produtos e até hoje fabricado.           Em 1950, veio o drama da perda da Copa, realizada aqui mesmo, frente ao Uruguai. No entanto, se olhássemos nossa posição no torneio com olhos de estatístico, haveríamos de perceber o progresso do Brasil, pois fomos do terceiro lugar ao segundo entre uma Copa e a seguinte. Mas, é evidente, ser vice-campeão nas circunstâncias daquele ano era equivalente a ser o lanterna. Nada consolaria...

Em benefício da cidade

Jornal O Estado do Maranhão           Uma pessoa segue pela avenida dos Holandeses. Dirige seu automóvel enquanto fala ao celular. Então joga fora um papel de bombom. Se somente ela se comportar de modo semelhante, ninguém será prejudicado. A relação entre o número de acidentes provocados por quem dirige e ao mesmo tempo fala ao telefone e o número de veículos, ficará inalterada ou perto disso. O trânsito continuará tão seguro (ou inseguro) e a cidade tão limpa (ou suja) quanto no ano anterior.           E se todos pensarem e agirem assim? Aí, não haverá sistemas de saúde emergencial e de coleta de lixo capazes de atender às novas demandas pelos serviços criados pela nova situação. O inofensivo, quando praticado por um cidadão apenas, não causará transtornos à população. Lembram-se da história de estacionar no meio da rua, bloqueando o trânsito, e dizer que a demora será pouca? É a mesma coisa. Se um, tão só, se comportar dessa forma, ...

Ação civilizatória

Ação civilizatória, assim se pode chamar a iniciativa do Ministério Público do Maranhão, por seus promotores José Cláudio Cabral Marques e Cláudio Guimarães, em parceria com o Crea-MA, a Blitz Urbana, da Prefeitura de São Luís, o Corpo de Bombeiros, do Estado, e a Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação. Vê-se, pelos órgãos e pessoas envolvidos, que se trata da conjugação de esforços do MP, das administrações estadual e municipal bem como de uma instituição de direito privado, o Crea-Ma, em favor de nossa cidade. Cercados, tapumes, paredes de madeira, toldos, placas e outros tipos de impedimento ao livre trânsito das pessoas em áreas públicas vêm sendo retirados ou demolidos desde ontem em São Luís. Donos de barracas ou quiosques irregulares sempre argumentam nessas ocasiões, quando são forçados a cumprir o que determinam as lei, regulamentos, normas e posturas municipais, que "estão trabalhando". Claro, estão trabalhando e, simultaneamente, transgredindo a lei. Se todo...

Bombando na Ponta da Areia II

A boate "Two Towers" na Ponta da Areia continua bombando. A principal atração é a exibição explícita de "novo-riquismo": música ao vivo, alta, brega, cafona. Não há uma lei proibindo exibicionismo desse tipo? Não? Mas, devia haver. Os caras adoram dar demonstração de que são ricos. Afinal, devem pensar, de que vale ter dinheiro se não posso me exibir para os vizinhos dos outros prédios? E toca a contratar banda disso, banda daquilo, bufet de fulana, de sicrana. Vai ver, quando for de manhã a turma tá cansada, baleada, derrubada, mas doida pra voltar a se exibir.

Bombando na Ponta da Areia

Continua bombando na Ponta da Areia a casa de shows "Two Towers", agora funcionando às sextas, sábados e domingos. Música brega ao vivo é o que não falta lá. O que há de mais moderno na produção de poluição sonora está sempre presente. As sessões vão do final da tarde (tem o ensaio antes, a tal "passagem do som") até o amanhecer do dia seguinte.  Alguns frequentadores, para encerrar a noitada, saem dirigindo em zigue-zague, dando a impressão de terem tomado todas. Uma patrulha da polícia poderia ficar ali por perto para checar. Venha ouvir com seus próprios ouvidos.

Cinismo moral

Vejam até que ponto chega o cinismo moral do governo do PT. Ligo a televisão e lá está o ministro do Esporte baixando o cacete na polícia de Santa Catarina por não ter prendido mais gente após os episódios de selvageria patrocinados pelas torcidas do Atlético Paranaense e o Vasco, na última rodada do campeonato brasileiro de futebol. É claro que mais gente deveria estar na cadeia. Aliás, se fosse essa a atitude do governo federal nas badernas dos black blocs e assemelhados, de junho em diante, não teríamos visto neste segundo semestre do ano tanta destruição de bens públicos e privados no Brasil, tanta desordem, tanta ameaça à segurança da população e tanto transtorno às vidas dos cidadãos que só querem ganhar o pão de cada dia e voltar para casa no fim de sua jornada de trabalho. Houve dia em que multidão de 15 a 20 pessoas (não, não foi de 15 mil ou 20 mil) interrompeu o tráfego em uma das rodovias mais movimentadas do país, entre São Paulo e Belo Horizonte, porque alguém estava com ...