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Artigo da professora de Direito Penal da USP, doutora Janaina Conceição Paschoal, publicado hoje, dia 16/6/2013, no blog de Reinaldo Azevedo.

           Janaina Conceição Paschoal é uma jovem professora de Direito Penal da USP. Além do rigor técnico, da dedicação ao direito e à academia, exibe uma outra virtude raríssima no seu meio intelectual e cada vez mais rara no Brasil: a coragem de dizer “não” quando discorda, pouca importando as vagas dominantes de opinião.           Ela escreve para o blog, com exclusividade, um artigo que lê, ou relê, o espírito do tempo. Quem são esses “jovens” que estão nas ruas e acreditam que podem impor aos outros a sua vontade, sem atentar para os limites das leis, do estado democrático de direito?          A professora chega à conclusão de que a “geração do Construtivismo” se encontrou, finalmente, com a perigosa noção do “território livre”. E então tudo passa a ser permitido. O título que vai acima é meu, pegando carona no livro de Lobão, que tam...

Baderneiros de São Paulo

Jornal O Estado do Maranhão           A cidade de São Paulo, a maior e mais importante do país, econômica, financeira e culturalmente, encontra-se refém de um bando de marginais, baderneiros profissionais decididos a infernizar a vida das pessoas sob o pretexto de protestar contra aumento no preço da passagem de ônibus da cidade. Quem sãos esses protestantes, afinal?           Trabalhadores não são, mas causam transtornos aos verdadeiros, contados em centenas de milhares, ou em milhões, ansiosos por chegar em casa tão cedo quanto possível após o trabalho. Há um vídeo na internet, de entrevista de um líder do Movimento Passe Livre – MPL, que é o grupo responsável pela baderna. Não deixem de assisti-lo e me digam se o sujeito, com aqueles óculos, calça jeans e sapato de camurça, especialista em espancar sem piedade o idioma pátrio, parece um trabalhador. Mais provável é ele ser um daqueles revol...

Discurso de posse de Phelipe Andrès na Academia Maranhense de Letras em 23 de maio de 2013

Senhor Presidente da Academia Maranhense de Letras Acadêmico Benedito Buzar, na pessoa de quem cumprimento as Senhoras e Senhores Acadêmicos, Digníssimo público. Boa noite! Agradeço de coração a presença e a receptividade de todos nesta casa. Sinto-me muito feliz em receber esta manifestação de acolhimento que também é expressão de amizade e solidariedade. Ao me irmanar a esta Confraria que congrega homens e mulheres que deram grande contribuição para a cultura maranhense, não preciso enfatizar como é importante ter a certeza de que sou bem-vindo entre aqueles que já habitam a centenária Casa de Antônio Lobo, à qual a partir de hoje passarei a pertencer e que é tão digna e com tantas tradições, que aprendi a admirar e respeitar. Mas não posso lhes oferecer aqui um discurso acadêmico. Não sou por formação um literato erudito e aos 64 anos isto não se muda facilmente. Três livros, alguns artigos, pareceres para tombamento e crônicas não me parecem suficientes para me ombrear a...