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AMC na AML

Jornal O Estado do Maranhão Corro a explicar o título. Na próxima terça-feira, dia 17, às 20 horas, a Academia Maranhense de Letras recepcionará em sua sede à rua da Paz a recém-fundada Academia Maranhense de Ciência – AMC, em solenidade de instalação da nova entidade. Com este, a AML realiza o sexto evento comemorativo dos cem anos de sua Fundação. O leitor perceberá logo a importância do acontecimento e a carga simbólica e emotiva que o envolverá. Uma Academia cuja missão é a preservação da memória cultural maranhense, e que este ano completa cem anos de sua própria fundação, abrigará o nascimento de instituição congênere cujo ideal tem semelhança com o seu, com a única diferença de situar-se no campo científico. No primeiro Centenário da AMC e segundo da AML, no ano de 2108, ainda estará nos anais de ambas que elas estiveram juntas em 17 de junho de 2008, juntos os membros de uma e os fundadores da outra, e que a mais velha acolheu a mais nova nesse dia, desejando-lhe longa e ...

No Ceará nãotem disso,não

Jornal O Estado do Maranhão Sogra foi sempre personagem avaliada por gente cujo senso de justiça é nenhum, é evidente, como a super-mãe chata e inconveniente, determinada a dar palpites indesejados sobre a vida dos filhos casados. Rejeitada por genros e, em especial, pelas noras, ela tem sido uma eterna injustiçada. Se o neto da pobre coitada não vai bem na escola, anda fazendo ou falando besteira, não tem disciplina para nada, anda fumando e cheirando substâncias suspeitas, a culpada é ela que vive mimando, com presentinhos a toda hora, o júnior, rapaz de ótimo comportamento, exemplar na ausência dela. Ela, acusam com preconceito, estraga o cara. Já nem falo do que dizem (as noras, sempre elas) sobre a imaginada mania de a sogra se considerar uma sabichona e de avaliar as mulheres dos filhos como ignorantes de tudo e mal-educadas. Pois foi com o objetivo de dar uma demonstração prática de sua discordância com avaliações preconceituosas como essas e mostrar o quanto ama a sua so...

Poesia no Centenário

Jornal O Estado do Maranhão As festividades comemorativas do Centenário de fundação da Academia Maranhense de Letras têm prosseguimento esta semana com dois eventos. Na próxima quinta-feira, 5 de junho, o poeta Luís Augusto Cassas, lançará o livro Evangelho dos Peixes para a Ceia de Aquário , com prefácios de Paulo Urban e José Mário da Silva e orelhas de Leonardo Boff e Frei Betto. A capa, desenhada por Júlio Moreira, tem ilustração de Jesus Santos, artista plástico maranhense de renome. Na sexta-feira, dia 6, teremos Marco Lucchesi, que discorrerá sobre Dante, por meio do tema “Os Olhos de Beatriz”. As duas solenidades ocorrerão às 20 horas, na sede da Academia, à rua da Paz, Centro. Não é coincidência a data do lançamento de Cassas. Cinco de junho é o dia do Meio-ambiente e o livro dele tem como tema, entre outros, o ambiente – especialmente, um dos seus componentes vitais, a água – vítima da ação predatória do homem moderno, construtor incompetente de uma sociedade em que, prisi...

Fora a CPMF

Jornal O Estado do Marnhão Inspirada pelo governo federal está em discussão no Congresso Nacional a recriação da imoral CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. Antes de seu aniquilamento há não muito tempo, em dezembro de 2007, ela havia se tornado permanente, contrariando seu nome, pela freqüência de sua renovação. Seu fim veio em boa hora e recebeu os aplausos unânimes do povo brasileiro. A ameaça de agora vem do mesmo Congresso que a derrubou, mas não se constrange em querer revivê-la com manobras supostamente espertas e absoluto desprezo pela opinião pública e pelos cidadãos, no pressuposto de ser este um idiota sem capacidade de discernimento e de avaliação seus próprios interesses e os do país. Quando esse tributo foi criado, os parlamentares brasileiros aceitaram sem muita discussão a vã promessa do governo, depois desmascarada como um engodo, de que os recursos se destinariam exclusivamente à cobertura das necessidades financeiras do sistema público de...

Duas figuras maranhenses

Jornal O Estado do Maranhão Em apenas cinco dias saíram fisicamente da vida, para vivos continuarem nas recordações de todos nós, Manoel Caetano Bandeira de Mello, no Rio de Janeiro no dia 8 deste mês, e Luís Carlos Bello Parga, em São Luís no dia 13, membros mais do que ilustres – porque ilustradores da cultura de seu tempo –, da Academia Maranhense de Letras, onde ocupavam e, podemos dizer, ainda ocuparão, porque seus nomes ficarão eternamente ali gravados, a Cadeira de No 11, o primeiro, patroneada por João Lisboa, e a Cadeira de No 33, o segundo, patroneada por Pedro Nunes Leal. Deixaram ambos sua marca no mundo, na sua época e na lembrança de seus amigos, familiares e contemporâneos, que deles se lembrarão por suas qualidades de homens íntegros, dedicados ao trabalho e, sobretudo, à vida do espírito e ao engrandecimento cultural do Maranhão e do Brasil. Nunca encontrei Manoel Caetano pessoalmente. No entanto, desde minha candidatura a uma cadeira na Academia mantivemos vário...

Aml, festejos no Centenário

Jornal O Estado do Maranhão Há duas semanas, no dia 23 de abril, a Academia Maranhense de Letras recebeu em sua sede a Universidade Estadual do Maranhão – Uema , que na ocasião lançou 10 livros resultantes do trabalho de 9 de seus pesquisadores. A solenidade serviu a duas finalidades principais. A primeira foi a de apresentar ao público não universitário parte da produção acadêmica da Uema. A outra foi a de homenagear a AML no ano do seu Centenário. Como bem disse o reitor, professor José Augusto Oliveira, existe natural atração intelectual entre as duas casas de cultura. A fim de tornar concreto esse potencial de cooperação, foi assinado entre as duas instituições um convênio que tornará possível, entre outras ações, a implementação de um indispensável programa editorial, sem o qual os festejos do Centenário estariam incompletos. Serão publicados doze livros, um de cada fundador da Academia, recolocando em circulação livros que, a par de possuírem valor por si mesmos, são exemplifi...

Fora Inflação

Jornal O Estado do Maranhão Varrida sem clemência da vida brasileira a CPMF – imposto que, de renovação em renovação, tornou-se tão provisório que chegou a ser permanente, situação conveniente em mais de um sentido, porque permitiu, entre outras coisas, a permanência da sigla com o P original e, também, abundância de recursos para compras diversas – proclamaram para dali em diante desastre nunca experimentado pelos brasileiros na administração das finanças públicas. Ninguém seria capaz de governar sem ela, diziam. Feito a canção de Assis Valente: “anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar”. Pois é, gente simples e crédula, acreditando na história, começou a rezar, já que o fim estava próximo e melhor seria confessar de imediato os pecados, antes da hora fatal, a tempo de salvar a pobre alma atribulada. Qual seria o destino – botavam a mão na cabeça, – do Bolsa-Família e outros programas sem o tal imposto? Viveriam de que jeito, as massas espoliadas, mais uma vez vítimas da ganâ...