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Um mau exemplo

Jornal O Estado do Maranhão           Estive na Associação Comercial do Maranhão – ACM, na noite de quarta-feira, dia 19. Fui assistir ao painel Cenários Econômicos e o Novo Ambiente de Negócios no Maranhão, com a participação do economista Felipe Holanda, presidente do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos – IMESC, e de Simplício Araújo, secretário de Estado de Indústria e Comércio do Maranhão – SEINC, expositores, ambos; como debatedores, João Gonsalo, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Maranhão e doutor em economia, e Gustavo Marques, arquiteto, consultor e vice-presidente da ACM.           Apesar da menção a "cenários econômicos", o assunto não deu as caras na exposição de Simplício. Predominou em seu discurso uma retórica política recheada de acusações a seu antecessor, Maurício Macedo, sem menção explícita a este, mas, a ninguém escapou a intenção de Simplício. No entanto, q...

Um bom exemplo

Jornal O Estado do Maranhão           Tenho aqui o volume 14, Número 3, da Revista de Pesquisa em Saúde – RPS, do Hospital Universitário – HU, este, da Universidade Federal do Maranhão – UFMA. A publicação é de alta qualidade e segue normas de publicação adotadas pela comunidade acadêmica internacional. Dos vinte membros de seu conselho editorial, participam, como representantes da Universidade, apenas quatro, ou seja, um quinto. Baixa proporção como essa é sinal de disposição dos dirigentes das duas instituições a que a Revista está ligada bem como de seu corpo editorial, chefiado por Arlene Caldas, de ter avaliações isentas sobre o conteúdo dos artigos a ela submetidos. Alguns dos outros membros do Conselho são da USP, UFRJ, UNB e UHG, da Suíça, e de várias universidades de prestígio.           Mesmo um leigo nessa área, como eu, pode facilmente perceber que não se trata de jogo de cartas marcadas, pelo qual avaliações benevolentes,...

Consumidores, uni-vos!

Jornal O Estado do Maranhão           Não poucas vezes, tenho falado contra o desamparo do consumidor, diante da falta de profissionalismo de empresas que o tratam com ares arrogantes de quem está fazendo favor a suas vítimas. Quem já teve a paciência de ler textos de minha autoria se lembrará de minha persistente defesa da economia de mercado e, portanto, da livre iniciativa, que se torna tangível na forma de empreendimentos livres do jugo estatal, com ampla liberdade de buscar o lucro em concorrência com outros. Em verdade, se fosse para ter prejuízo, quem se arriscaria no mercado? Essa busca, porém, não pode significar a competição sem regras ou o tratamento dos clientes com descaso. O lucro é bem-vindo, apenas se for obtido de forma civilizada.           O capitalismo é uma forma de organizar a economia. Para funcionamento adequado, ele exige obediência a princípios éticos de parte dos empreendedores, assunto discutido pelo grande ...

Desajuste

Jornal O Estado do Maranhão           Ora, vejam só como tudo anda embaralhado na política brasileira. Parcela dos que deveriam, porque teoricamente, da base de apoio ao governo no Congresso, apoiar o corte de despesas, aumento de receitas ou uma combinação das duas primeiras alternativas, são justamente os que se declaram contra, o PT e os partidos a ele associados. As medidas foram propostas pelo Executivo com o fim de tornar efetivo o indispensável ajuste nas contas públicas do Brasil, desarrumadas por Dilma em seu primeiro mandato. Portanto, Dilma terá de arrumá-las agora. Quem se esperava que fosse a favor, porque tomar medidas de contenção do gasto público se tornou necessário para a economia e cidadãos brasileiros, tomou posição contra, conforme manifestação de vários parlamentares do PSDB e partidos menores supostamente de oposição. Aliás, o PSDB tem se caracterizado por ser partido de oposição que não se opõe ao governo, de onde se pode concluir que d...

Laura

Jornal O Estado do Maranhão           “Quando há dias fui enterrar o meu querido Serra, vi que naquele féretro ia também uma parte de minha juventude”. Perdoem-me os leitores por voltar, uma vez mais, à crônica de Machado de Assis, de 5 de novembro de 1888, na “Gazeta de Notícias”, por mim mencionada algumas vezes, aqui mesmo neste jornal, em que ele fala da morte de seu amigo maranhense Joaquim Serra. As circunstâncias me levam a lembrar desse belo texto.           Quando evocamos o desaparecimento de amigos, queridos amigos, de pais e avós, de irmãos, de primos, de professores do tempo de criança, de simples conhecidos, falamos do passado, das experiências de vida em comum, de lembranças sobre as quais perdemos para sempre alguém capaz de entender, por uma simples palavra, sem necessidade de explicações e de elaborações, nossa intenção ao dizer algo. Ainda podemos falar desse passado, mas, quem nos ouvir a fala, jamais poderá captar...

Marxismo dialético?

O Estado do Maranhão 1. Expressões de fracasso – Se examinamos o dessituacionismo pré-patriarcal, somos confrontados com uma escolha: rejeitar a “comunicação poderosa”, de Bataille, ou concluir que a realidade é produto das massas. Porém, o assunto é interpolado no marxismo dialético, que inclui narratividade como paradoxo.           O modelo de Sontag de libertarianismo capitalista sugere que a linguagem é capaz de significância. Portanto, Dahmus assegura serem empoderadores os trabalhos de Spelling.           O tema primário da crítica do marxismo dialético de Parry é a característica definidora, e, portanto, a dialética da sociedade pré-dialética. Desse modo, se a “comunicação poderosa” de Batailleist prevalece, temos de escolher entre marxismo dialético e a apropriação modernista. 2. O paradigma neopatriarcal da narrativa e a teoria pré-dialética capitalista – “A realidade é parte da falta de sentido da cultura”, diz Bataille. A te...

Os olhos da cara

Jornal O Estado do Maranhão           O governo do PT levou a economia brasileira a uma situação de crise em que qualquer solução do problema custará, inevitavelmente, os olhos da cara dos brasileiros. A inflação é alta, o desemprego cresce, a recessão persiste. Todos esses males podem ser traduzidos como perda de renda das famílias. O estado de nossa economia hoje não permite o vislumbre de uma saída indolor – qualquer uma –, do buraco, pois o preço a pagar pela incompetência, reforçada pela ideologice esquerdista barata, é muito alto e pago pelas pessoas comuns. Estas gostariam de continuar, porém mal conseguem, com sua vida decente, criando seus filhos, produzindo sem sentir o bafo do Estado no seu pescoço, sem ver diariamente nos meios de comunicação notícias sobre bilhões e bilhões roubados das empresas estatais e dos cofres públicos – como se estivéssemos falando de roubo de galinha de quintal, como nos velhos tempos –, recursos, afinal, arrancados dos...