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Relatos do absurdo

                                                                       Jornal O Estado do Maranhão                      Se prestarmos atenção cuidadosa aos fatos, veremos como vivemos num mundo de acontecimentos absurdos e inusitados.           Os casais chineses têm permissão do governo de ter apenas um filho. Se não bastasse o absurdo da medida, pois as pessoas deveriam filhos de acordo com a própria decisão, há mais um controle, o da população de cachorros. Em cada residência pode haver no máximo um ...

Dicionários e bebês

Jornal O Estado do Maranhão                    O tal do “politicamente correto” está em todo lugar, sempre pronto a melhorar a sociedade. Vejam o exemplo edificante. Um procurador federal em Minas Gerais achou de pedir à justiça o recolhimento do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa porque a obra registra entre 7 acepções do termo cigano duas de sentido pejorativo: “[...] 5 pej . que ou aquele que trapaceia; velhaco, burlador 6 pej. que ou aquele que faz barganha, que é apegado ao dinheiro, agiota, sovina [...].”           Todo mundo sabe, ou devia saber – este não é o caso do procurador –, que um dicionário registra as palavras conforme elas são utilizadas pelos falantes de um idioma, seus verdadeiros construtores. Os dicionários seguem sempre um passo atrás das mudanças na língua e não poderia ser de outra forma. No momento de sua publicação,...

Infanticidas sofisticados

ELES CHEGARAM LÁ: DUPLA DE ESPECIALISTAS DEFENDE O DIREITO DE ASSASSINAR TAMBÉM OS RECÉM-NASCIDOS

Reggae no Samba

Jornal O Estado do Maranhão            Passada a euforia do Carnaval, é possível observar um fenômeno interessante sobre o qual neste jornal algumas vezes escrevi um tanto solitariamente, pois era e sou o único a fazê-lo: o aumento da aceitação do reggae pela classe média. Foi isso que se viu na Marquês de Sapucaí no desfile da Beija-Flor. Ela trazia, nas homenagens feitas a São Luís, com o incentivo da governadora Roseana Sarney, e a Joãosinho Trinta, referências a esse ritmo na letra de seu samba-enredo e na sua formação com milhares de componentes, entre os quais o reggae se encontrava representado.           Qual a tônica de minhas afirmações feitas no decorrer de mais de 10 anos? Permitam-me responder com autocitações um pouco longas retiradas de textos que se iniciam no já distante ano de 2001. Em 14 de janeiro, eu expunha meu ponto de vista:        ...

Primeira fase

          Com este post, encerro a primeira fase do assunto Trapiche. Daqui em adiante, voltarei a tratar dele em outras esferas. Faço um resumo dos fatos: 1) Numa área residencial de São Luís, a Península da Ponta da Areia, o proprietário do bar Novo Trapiche, ali encravado (não há nehum outro estabelecimento do tipo nas redondezas) patrocinou na temporada pré-carnavalesca o cortejo de uma banda carnavalesca que anteriormente desfilava no centro da cidade ou na Litorânea; 2) A banda terminava seu roteiro exatamente às portas do T rapiche, local em que a esperavam diversos grupos musicais, que faziam apresentações pagas desde a hora da chegada da banda, no fim da tarde, até as 2ou 3 horas da madrugada, provocando poluição sonora em níveis muito acima do legalmente permitido pela Lei do Silêncio (clique aqui para ler a íntegra da lei) e, portanto, perturbando os moradores e o sossego público; 3) A banda atraía até o domingo pass...

Cumpra-se a lei

Jornal O Estado do Maranhão Art. 1º - É vedado perturbar a tranquilidade e o bem-estar público com ruídos, vibrações, sons excessivos ou incômodos de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma ou que contrariem os níveis máximos fixados nesta Lei. (Lei estadual 5.715, Lei do Silêncio).           Ao leitor ainda sem notícia dos tumultos provocados pelo Carnaval na Península da Ponta da Areia, resumo os fatos e apenas aos fatos.           Nessa área residencial sem infraestrutura capaz de receber multidões, milhares de pessoas vão aos domingos, a partir das 16 horas, em sua direção, onde permanecem até a madrugada de segunda-feira, atraídas pelo cortejo de uma banda carnavalesca e pela apresentação de 4 ou 5 conjuntos musicais em bar ali situado. As consequências de tal situação têm sido desastrosas para os moradores da área: gente fazendo suas necessidades por todo lugar; ní...

Imagens do caos da Península causado peloTrapiche

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Na porta do Trapíche e entorno, multidão bloqueia as saídas de meu prédio na Península da Ponta da Areia. Em breve terei um arquivo de áudio para mostrar o nível de ruído. Vejam abaixo o mesmo local à tarde antes da chegada da Banda Bandida. Mesmo local da primeira foto, acima, antes da chegada, à noite,da Banda Bandida. Note que o Trapiche, ao fundo, logo após o muro amarelo do Iate Clube, não possui estrutura de alvenaria. Funciona em tendas, sem capacidade de isolamento acústico.      Essas imagens para servem para mostrar os riscos a que os moradores da área estão submetidos, se tiverem de ser deslocados às pressas para um hospital. É inimaginável, por outro lado, o nível de ruído provocado pelos  grupos musicais levados para o local pelo dono do Trapiche, onde aguardam a chegada da Banda Bandida, para apresentações que vão até a madrugada. Sem falar no mijadouro a céu abero em que a turma jovem transforma a área. Pena que o...